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sábado, 18 de julho de 2009

E se Jesus voltasse Amanhã?

" E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. " Ap 22.12

Imaginemos o Senhor Jesus voltando amanhã para buscar a sua Igreja. Imaginemos ter exatamente apenas 24 de prazo para fazer os nossos acertos. Como usaríamos o nosso tempo disponível? O que você faria?

Iria se humilhar diante de Deus?
Confessaria seus pecados?
Procuraria seus irmão e confessar suas injustiças?
Iria ganhar almas para Jesus?

Iria fazer tudo aquilo que ainda não havia feito?

Então saiba mais em >> E se Jesus voltasse amanhã?

domingo, 12 de julho de 2009

A Bíblia Sagrada

A Bíblia foi escrita em hebraico e grego, sendo que o Velho Testamento, que vai do livro de Gênesis a Malaquias, foi escrito em hebraico, e o Novo Testamento, que vai do livro de Mateus até Apocalipse foi escrito em grego, ela contém 66 livros e foi escrita num intervalo de aproximadamente 1600 anos, por diversos autores. Existem 4 livros do Novo Testamento que são chamados de Evangelhos, estes são os livros biográficos de Jesus Cristo, estes livros são Mateus, Marcos, Lucas e João, a palavra "Evangelho" significa "Boas Novas". A Bíblia é a palavra de Deus, que foi escrita por homens inspirados por Deus, nela encontramos instrução para vivermos da maneira conforme o nosso Criador deseja que vivamos, ela é como um manual do fabricante, que nos ajuda a conhecer a nós mesmos e a Deus, e a viver dignamente neste mundo, com paz interior, fé e esperança. A palavra "Bíblia" em português deriva da palavra grega biblon, que significa "rolo" ou "livro", um biblon era um rolo de papiro ou biblo, uma planta semelhante a uma taquara, cuja casca interna era secada, para se tornar uma matéria de escrita de uso generalizado no mundo antigo, mas o termo como usamos hoje, refere-se não ao significado de sua palavra de origem e sim ao livro que é o registro da revelação divina, Deus é vida, amor, sabedoria, paz e outras coisas mais, e tudo o que Ele é, nos é soprado através da Bíblia, pois ela mesma se denomina como o sopro de Deus (2 Tm 3.16 "Toda a Escritura é soprada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,").

Saiba mais da Bíblia

sexta-feira, 10 de julho de 2009

ÚLTIMAS COISAS - O Arrebatamento, a Segunda Vinda e o Milênio


A escatologia é o aspecto da doutrina bíblica que lida com as “ultimas coisas” (do grego eschatos, “final”). Em 1 Jo 2.18, João descreve os momento em que escreveu como sendo a “última hora”, evidenciando que ele, como em todas as gerações, vivia em expectativa imediata da segunda vinda de Cristo e via o seu tempo como um no qual a presente evidência parecia afirmar que a sua geração era mesmo a última. Não é uma atitude doentia: Cristo Jesus deseja que as pessoas aguardem ansiosamente a sua volta ( Mt 25.1-3; 2Tm 4.8).

João não aponta apenas para o avançado da hora da história como ele a vê; ele também se volta para o assunto do anticristo, um tema comumente discutido quando se estuda a escatologia. O espírito do anticristo, o arrebatamento da igreja, a grande tribulação, a restauração da nação de Israel e o reino milenar de Cristo na Terra estão todos ente os muitos assuntos que a Bíblia descreve como “últimas coisas”. A Bíblia claramente diz que essas coisas devem acontecer. Entretanto, o momento exato não está claro: em muitos casos não é dada a seqüência ou maneira correta do cumprimento de tais acontecimentos.

Este site não segue qualquer ponto de vista conclusivo em relação a esses assuntos popularmente discutidos. Pelo contrário, ele procura ajudar os companheiros cristãos a compreender o ponto de vista dos outros e a fim de auxiliar no diálogo e repudiar o fanatismo. Provavelmente não seja razoável para um cristão ser separado de outro na interpretação de coisas ainda futuras, coisas das quais não se pode saber o resultado final até que realmente ocorram. Tanto o arrebatamento da igreja (incluindo a segundo vinda de Cristo) quanto o milênio (ou o período de mil anos do reino de Cristo) são peças centrais no futuro profético. Honestidade em relação a esses dois acontecimentos, que são absolutamente certos nas Escrituras, mostra que não são absolutamente precisos em se designar uma época especifica ou método ou ordem definitiva de ocorrência.

São apresentados três possibilidades, todas com base bíblicas, sobre a ordem das coisas dos últimos dias. Isto sugerem, que nenhuma dessas correntes é a correta, mas, que são teorias apenas. Portanto, não deve-se jamais discuti-las ou serem ensinadas como verdade absoluta.

1. Amilenismo: (definição: Wayne Grudem)

A primeira posição aqui explicada, o amilenismo, é realmente a mais simples.

Segundo essa posição, a passagem de Apocalipse 20.1-10 descreve a presente era da igreja. Trata-se de uma era em que a influência de Satanás sobre as nações sofre grande redução de modo que o evangelho pode ser pregado por todo o mundo. Aqueles que reinam com Cristo por mil anos são os cristãos que morreram e já estão reinando com Cristo no céu. O reino de Cristo no milênio, segundo esse ponto de vista, não é um reino físico aqui na terra, mas sim o reino celestial sobre o qual ele falou ao declarar: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18).

Esse ponto de vista é chamado “amilenista” por sustentar que não existe nenhum milênio que ainda esteja por vir. Como os amilenistas crêem que Apocalipse 20 está-se cumprindo agora na era da igreja, sustentam que o “milênio” aqui descrito já está em curso no presente. A duração exata da era da igreja não pode ser conhecida, e a expressão “mil anos” é simplesmente uma figura de linguagem par um longo período em que os propósitos perfeitos de Deus vão se realizar.

De acordo com essa posição, a presente era da igreja continuará até o tempo da volta de Cristo. Quando Cristo voltar, haverá ressurreição tanto de crentes como de incrédulos. Os crentes terão o corpo ressuscitado e unido novamente com o espírito e entrarão no pleno gozo do céu para sempre. Os incrédulos serão ressuscitados para enfrentar o julgamento final e a condenação eterna. Os crentes também comparecerão diante do tribunal de Cristo (2 Co 5.10), mas esse julgamento irá apenas determinar os graus de recompensa no céu, pois só os incrédulos serão condenados eternamente. Por esse tempo também começarão o novo céu e a nova terra. Imediatamente após o juízo final, o estado eterno terá início e permanecerá para sempre.

Esse esquema é bem simples porque nele todos os eventos dos tempos do fim ocorrem de uma só vez, imediatamente após a volta de Cristo. Alguns amilenistas dizem que Cristo pode voltar a qualquer momento, enquanto outros (como Berkhof) alegam que alguns sinais ainda não se cumpriram.

2. Pós-milenismo: (definição: Wayne Grudem)

O prefixo pós significa “depois”. Segundo esse ponto de vista, Cristo voltará após o milênio.

Segundo esse ponto de vista, o avanço do evangelho e o crescimento da igreja se acentuarão de forma gradativa, de tal modo que uma proporção cada vez maior da população mundial se tornará cristã. Como conseqüência, haverá influências cristãs significativas na sociedade, esta funcionará mais e mais de acordo com os padrões de Deus e gradualmente virá uma “era milenar” de paz e justiça sobre a terra. Esse “milênio” durará um longo período (não necessariamente de mil anos literais) e, por fim, ao final desse período, Cristo voltará à terra, crentes e incrédulos será ressuscitados, ocorrerá o juízo final e haverá um novo céu e uma nova terra. Entraremos então no estado eterno.

A característica principal do pós-milenismo é ser muito otimista acerca do poder do evangelho par mudar vidas e estabelecer o bem no mundo. A crença no pós-milenismo tende a aumentar em época em que a igreja experimenta grande avivamento, há ausência de guerras e conflitos internacionais e aparentemente se obtêm grandes avanços na vitória sobre o mal e sobre o sofrimento no mundo. Mas o pós0milenismo em sua forma mais responsável não se baseia simplesmente na observação dos eventos do mundo em nossa volta, mas em argumentos extraídos de várias passagens da Escrituras, as quais examinaremos abaixo.

3.Pré-milenismo: (defininção: Wayne Grudem)

a) Pré-milenismo clássico ou histórico:
O prefixo “pré” significa “antes” e a posição pré-milenista diz que Cristo irá voltar antes do milênio. Esse ponto de vista é defendido desde os primeiros séculos do cristianismo.

Segundo esse ponto de vista, a presente era da igreja continuará até que, com a proximidade do fim, venha sobre a terra um período de grande tribulação e sofrimento. Depois desse período de tribulação no final da era da igreja, Cristo voltará à terra estabelecer um reino milenar. Quando ele voltar, os crentes que tiverem morrido serão ressuscitados, terão o corpo reunido ao espírito, e esses crentes reinarão com Cristo sobre a terra por mil anos. (Alguns pré-milenistas o consideram mil anos literais, enquanto outros o entendem como expressão simbólica para um período longo.) Durante esse tempo, Cristo estará fisicamente presente sobre a terra em seu corpo ressurreto e dominará como Rei sobre toda a terra. Os crentes ressuscitados e os que estiverem sobre a terra quando Cristo voltar receberão o corpo glorificado da ressurreição, que nunca morrerá, e nesse corpo da ressurreição viverão sobre a terra e reinarão com Cristo. Quanto aos incrédulos que restarem sobre a terra, muitos (mas não todos) se converterão a Cristo e serão salvos. Jesus reinará em perfeita justiça e haverá paz por toda a terra. Muitos pré-milenistas sustentam que a terra será renovada e veremos de fato o novo céu e a nova terra durante esse período (mas a fidelidade a esse ponto não é essencial ao pré-milenismo, pois é possível ser pré-milenista e sustentar que o novo céu e a nova terra virão só depois do juízo final). No início desse tempo, Satanás será preso e lançado no abismo, de modo que não terá influência sobre a terra durante o milênio no abismo, de modo que não terá influência sobre a terra durante o milênio (Ap 20.1-3).

De acordo com o ponto de vista pré-milenista, no final dos mil anos Satanás será solto do abismo e unirá as forças com muitos incrédulos que se submeteram externamente ao reinado de Cristo, mas por dentro revolvem-se em revolta contra ele. Satanás reunirá esse povo rebelde para batalhar contra Cristo, mas serão derrotados definitivamente. Cristo então ressuscitará todos os incrédulos que tiverem morrido ao longo da história, e esses comparecerão diante dele para o julgamento final. Uma vez realizado o juízo final, os crentes entrarão no estrado eterno.

Parece que o pré-milenismo tende a crescer em popularidade à medida que a igreja experimenta perseguição e o sofrimento e o mal aumentam sobre a terra. Mas, assim como no caso do pós-milenismo, os argumentos a favor do pré-milenismo não se baseiam em observação de eventos correntes, mas em passagens específicas das Escrituras, especialmente (mas não exclusivamente) Apocalipse 20.1-10.

b) Pré-milenismo pré-tribulacionista (ou pré-milenismo dispensacionalista):
Outra variedade de pré-milenismo conquistou ampla popularidade nos séculos XIX e XX, em especial no Reino Unido e nos Estado Unidos. Segundo essa posição, Cristo voltará não só antes do milênio (a volta de Cristo é pré-milenar), mas também ocorrerá antes da grande tribulação (a volta de Cristo é pré-tribulacional). Esse ponto de visa é semelhante à posição pré-milenista clássica mencionada acima, mas com uma importante diferença: acrescenta outra volta de Cristo antes de sua vinda para reinar sobre a terra no milênio. Essa volta é vista como um retorno secreto de Cristo para tirar os crentes do mundo.

Segundo esse ponto de vista, a era da igreja continuará até que, de repente, de maneira inesperada e secreta, Cristo chegará a meio caminho da terra e chamará para si os crentes: “...os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares” (1Ts 4.16-17). Cristo então retornará ao céu com os crentes arrebatados da terra. Quando isso acontecer, haverá uma grande tribulação sobre a terra por um período de sete anos.

Durante esse período de sete anos de tribulação, cumprir-se-ão muitos dos sinais que, segundo predições, precederiam a volta de Cristo. O grande ajuntamento da plenitude dos judeus ocorrerá à medida que eles aceitarem Cristo como o Messias. Em meio ao grande sofrimento haverá também muita evangelização eficaz, realizada em especial pelos novos cristãos judeus. Ao final da tribulação, Cristo voltará com os seus santos para reinar sobre a terra por mil anos. Depois desse período milenar haverá uma rebelião que resultará na derrota final de Satanás e suas forças, e então virá a ressurreição dos incrédulos, o último julgamento e o começo do estado eterno.

Deve-se mencionar outra característica do pré-milenismo pré-tribulacionista: essa postura se encontra quase exclusivamente entre os dispensacionalistas que desejam fazer distinção clara entre a igreja a Israel. Essa posição pré-tribulacionista permite que a distinção seja mantida, uma vez que a igreja é retirada do mundo antes da conversão geral do povo judeu. Esse povo judeu, portanto, permanecerá um grupo distinto da igreja. Outra característica do pré-milenismo pré-tribulacionista é sua insistência em interpretar as profecias bíblicas “literalmente sempre que possível”. Isso se aplica em especial a profecias do Antigo testamento acerca de Israel. Os que defendem essa posição argumentam que essas profecias da futura bênção de Deus a Israel ainda irão se cumprir entre o próprio povo judeu; elas não devem ser “espiritualizadas”, tentando-se ver o seu cumprimento na igreja. Por fim, uma característica atraente do pré-milenismo pré-tribulacionista é que ele permite às pessoas insistir em dizer que a volta de Cristo pode ocorrer “a qualquer momento” e, por essa razão, fazem justiça ao significado pleno das passagens que nos incentivam a estarmos prontos para a volta de Cristo, ao mesmo tempo que ainda admite um cumprimento bem literal dos sinais que precedem a sua volta, pois diz que lês se darão durante a tribulação.


segunda-feira, 6 de julho de 2009

A Divindade do Filho


"Que pensais vós do Cristo? de quem é filho?" (Mt 22:42)
"Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:15)

Vimos no estudo anterior que a vinda de Jesus Cristo nada teve de casual, e nem mesmo de inesperada. Ele veio na plenitude dos tempos, e sua missão já estava completamente elaborada antes da fundação do mundo. Muitos aspectos de sua primeira vinda já tinham sido profetizados por muitas pessoas, desde a queda de Adão.
A Bíblia afirma claramente que Jesus, o Verbo divino, se fez carne e andou entre os homens (Jo 1:14). Quando estudamos a pessoa e obra de Jesus, não podemos fugir ao importante fato de Deus ter se encarnado e assumido a condição humana, à semelhança de todos os homens. Igualmente importante é a pergunta: Jesus é realmente Deus ou apenas um homem extraordinário? Todos os verdadeiros cristãos crêem que Jesus é Deus, com todas as prerrogativas divinas do Pai. Mas há sustentação bíblica para tal afirmação? Vejamos.

1. As características Exclusivas de Deus em Jesus

As Escrituras não afirmam explicitamente que Jesus é Deus, mas deixam muito claro que o Filho possui todas as características e atributos de Deus, não podendo ser tido por alguém menos que Deus. As provas são abundantes em todo o NT. Comecemos pela idéia que Cristo a seu próprio respeito.

1.1. A Autoconsciência de Jesus

Jesus tinha uma clara consciência sobre sua pessoa. As alegações que Jesus fez sobre sua própria pessoa não teriam sentido se Ele não tivesse sobre si mesmo a clara noção de divindade. Tudo indica que Ele sabia que era Deus, pois disse:

Que os anjos eram seus, e os poderia enviar (Mt 13:41). Em Lc 12:8,9 e 15;10, os anjos são chamados anjos de Deus.
Que o reino dos Céus (Mt 13:24,31,33,44,45,47), que é o reino de Deus (Lc 17:20), é também o seu reino (Mt 13:41).
Ter autoridade para perdoar os pecados (Mc 2: 1-12), tarefa que cabe exclusivamente a Deus. Aliás, por causa disso os fariseus o acusaram dizendo "Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um que é Deus?". Perdoar pecados é uma prerrogativa divina.
Que julgará todos os homens, separando os bons dos maus (Mt 25:31-46, Lc 13: 23-30). No AT, o Deus Todo-Poderoso, é o único chamado de Juiz de toda a terra (Gn 18:25) e o único com prerrogativa de julgar as nações (Jz 11:27; Sl 75:7; Sl 82:8; Ec 11:9 e 12:4). Só Deus pode exercer tal autoridade e poder.
Ser o Senhor do sábado (Mc 2: 27,28). O valor do sábado foi definido por Deus (Ex 20: 8-11), e somente alguém igual a Deus poderia anular ou modificar essa norma.
Ter autoridade pessoal no mesmo nível que a autoridade do AT (Mt 5:21,22,27,28). Nessas passagens, Jesus deixa claro ter autoridade para estabelecer novos ensinamentos, no mesmo nível da autoridade que era dispensada ao ensino de Moisés e dos profetas das Escrituras.
Ter poder para vivificar e ressuscitar os mortos (Jo 5:21). Somente Deus teria poder para vivificar os mortos. Jesus não só alegou, como também ressuscitou a várias pessoas (Lc 7:11-15; Mt 9:18,19,23-26; Jo 11:17-44). Mas de seus milagres, sem dúvida, a ressurreição de si mesmo, foi seu maior sinal (Mt 12:39).
Ser a ressurreição e a vida (Jo 11:25). Alegava ter poder suficiente para fazer tornar a viver qualquer que cresse nEle, mesmo que esta morresse. Um atributo exclusivo do Senhor Deus, que Ele estava reivindicando nessa passagem.

1.2. Suas afirmações com respeito ao Pai

Jesus, alegou várias vezes possuir um relacionamento íntimo e mesmo bastante incomum com o Pai, que soaria como loucura, caso Ele não Deus.

Ele afirma ser um com o Pai (Jo 10:33).
Afirma que quem O vê, vê o Pai (Jo 14: 7-9).
Afirma que preexistia antes de Abraão (Jo 8:58). Sua afirmação é no presente "Eu Sou", semelhante ao nome com que o Deus Eterno se revelou a Moisés no sinai (Ex 3:14,15). Isso ficou tão claro para os judeus (sua reivindicação de divindade), que quiseram apredejar a Jesus por blasfêmia.
Afirma que quem O honra, está honrando o Pai (Jo 5:23).
Afirma ter a mesma natureza de vida que existe somente em Deus, o Pai (Jo 5:26).




1.3. As reações e afirmações das pessoas que conviveram com Ele

Várias pessoas do NT, que tiveram contacto com Jesus, se manifestaram, uns contra, outros a favor, da clara posição e prerrogativa que Jesus requeria e assumia para sua vida.

A reação do povo comum (Jo 7:11,12,31,40,41,46): muitos acreditavam ser Ele o Messias prometido, outros que enganava o povo. Ninguém permanecia indiferente ante a sua pessoa.
A reação e declaração do sumo sacerdote à resposta franca de Jesus (Mt 26: 62-65): a clara afirmação de Jesus que se sentaria a direita do Todo-Poderoso (o lugar de honra, que só deveria ser dada a Deus), levou o sumo sacerdote a rasgar suas vestes (ato realizado na presença de uma grande calamidade) e o sinédrio a sancionar a pena de morte por blasfêmia, uma vez que Ele se fizera igual a Deus. Aliás, essa passagem é uma das declarações mais claras da divindade de Jesus.
De alguns escribas e fariseus (Jo 19:7,8): que Ele se fez a si mesmo o Filho de Deus.
A declaração de Tomé (Jo 20:28): "Senhor meu e Deus meu!!". Jesus aceita a declaração e adoração de Tomé. Caso não fosse Deus, certamente Ele aproveitaria tal oportunidade para corrigir uma concepção errada sobre a sua pessoa.

2. Vários Testemunho das Escrituras sobre a divindade de Jesus

2.1. No evangelho de João

João identifica Jesus como o Verbo pré-encarnado, a Palavra em ação. Em Jo 1, lemos "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (vs.1). João deixa claro que Jesus é um com Deus, e ao mesmo tempo o distingue de Deus (vs. 2). Afirma que todas as coisa foram feitas por meio dEle, e sem Ele nada do que foi feito se fez (vs. 3). a Bíblia também afirma que no princípio todas as coisas foram criadas por Deus (Gn 1:1), e assim João estabelece uma identificação entre Jesus e o Deus Criador. Afirma também que esse Verbo divino se fez carne (vs. 14), e que somente Ele revela plenamente a Deus (vs. 18). É um grande testemunho a respeito da divindade do Filho.

2.2. Nos escritos de Paulo

Paulo mostra claramente sua crença na divindade de Jesus. Em Cl 1:15-20, Paulo afirma que Jesus é a imagem do Deus invisível, no qual todas as coisa subsistem, e que nEle reside toda a plenitude (veja também Cl 2:9).Paulo se refere ao julgamento de Deus (Rm 2:3) e ao julgamento de Cristo (IITm 4:1; IICo 5:10), de maneira intercambiável.
Em Fp 2:5-11, Paulo ensina que Jesus, sendo Deus, se autolimitou, esvaziando-se a si mesmo de seus privilégios divinos e sendo reconhecido em figura humana. Quando Paulo diz que Jesus tema forma (morphé no original) de Deus, a idéia é que Cristo tem a mesma essência de Deus. Em outras palavras, o vs.5 quer dizer que, embora Jesus tivesse a mesma essência de Deus, não utilizou isso em vantagem própria. E logo em seguida deixa claro que virá um dia em que todos haverão de prestar honras e louvores a Ele, numa linguagem só permitida a alguém que crê que Jesus seja realmente Deus.

2.3. Nas outras epístolas

Em Hebreus: das epístolas não-paulinas, a de Hebreus, é a que mais contrasta a divindade de Jesus com relação aos anjos e aos homens. Em Hb 1:3, afirma que Jesus é o resplendor da glória e a expressão exata de Deus. Não somente isso, mas também afirma que Jesus foi o meio pelo qual todas as coisas foram feitas (vs. 2), as quais são sustentadas pela palavra do seu poder (vs. 3). Uma afirmação clara é encontrada no vs.8, no qual Jesus é tratado por Deus: "mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre, e: Cetro de eqüidade é o cetro do seu reino". A epístola continua argumentando que Jesus é muito superior aos anjos (Hb 1:4 - 2:9), a Moisés (3:1-6) e aos sumos sacerdotes (4:14 - 5:10). Mas o autor deixa claro que sua superioridade não reside apenas em termos de posição hierárquica, mas sim de natureza intrínseca, pois todos os outros são criaturas, mas o Filho é Deus. Vejamos nais alguns argumentos da Biblia:

Em I João: em 1:1-3, Jesus é o Verbo da vida eterna, já pré-existente no princípio de todas as coisas, juntamente com o Pai. No capítulo 5:20, Jesus é chamado de Filho de Deus e explicitamente identificado como verdadeiro Deus e a vida eterna:
"Também sabemos que o Filho de Deus é vindo, e nos tem dado entendimentopara reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro,em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna."

Em II Pedro: em 1:1, Pedro também chama a Jesus de Deus e Salvador:
"Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo."

Em Apocalipse: em 1:8, o Senhor Deus Todo-Poderoso é apresentado como o Alfa e o Ômega, que representado o princípio e o fim de todas as coisas. Mas em 1:17-18, Jesus se apresenta com os mesmos títulos outorgados ao Deus Todo-Poderoso:
"Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a sua mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno."

Também em 19:16, Jesus recebe o título de Rei dos reis e Senhor dos senhores, uma clara alusão a sua soberania e majestade divinas.


2.4. No uso comum do termo Senhor por todo o N.T.

Vários foram os nomes pelos quais as Escrituras provam ser Jesus, o próprio Deus encarnado: Deus (Hb 1:8); Filho de Deus (Mt 16:16); Reis dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19:16); Verbo (Jo 1:1), etc. Mas é pelo título Senhor que Jesus é mais conhecido. ainda que tal termo seja geral e não prove por si mesmo a divindade de Jesus, em várias passagens ele realmente indica a posição divina que Jesus desfrutava.
Quando os judeus traduziram o A.T. para o grego, os nomes sagrados de Deus Yahveh (YHWH) e Adonai, foram traduzidos por Kyrios (que quer dizer Senhor, dono), sendo tido por um termo reverente. O termo era também usado respeitosamente pelos romanos para se referir a César, como o Senhor. Somente por estas razões, este termo quando aplicado a Jesus já deveria dar suficiente conotação da divindade de Jesus. Mas além disso, várias passagens que se referem a Jesus como Senhor são na verdade citações do A.T., onde o nome original de Deus foi traduzido por Senhor (At 2: 20,21 em contraste com o 36 e Rm 10: 9, 13 e verifique Jl 2: 31,32; I Pe 3:15, confira com Is 8:13). O título aqui dado a Jesus é no mesmo sentido que o A.T. dava ao Deus Todo-Poderoso. Há outros textos que o título Senhor é usado tanto para o Pai (Mt 1;20; 9:38; At 17;24) quanto para o Filho (Lc 2:11; Jo 20:28; I Co 2:8; Fp 2;11).
Para o judeu, chamar a Jesus de Senhor, seria colocá-lO na mesma posição de igualdade com o Deus das Escrituras. Os escritores do N.T., tinham isso em mente ao se referir, muitas vezes, a Jesus como Senhor.

Fonte: Jesus site

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A Origem do Catolicismo

A origem do catolicismo foi em razão do desvio doutrinário das igrejas primitivas. Após a morte de Cristo, fundador da Igreja, seus discípulos ficaram vulneráveis aos ataques dos adversários. Estevão foi morto apedrejado pela multidão enfurecida, Atos 7:57-60. Mais tarde o apóstolo Tiago foi morto à espada pelo rei Herodes, Atos 12:1-2. Por incrível que pareça, as perseguições dos inimigos colaboraram para surgimento de outras igrejas. O livro de Atos diz “Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra” (Atos 8:4).

Devido a perseguição os discípulos fugiram de Jerusalém e por onde passavam o Evangelho era anunciado. Filipe, que era um dos fugitivos, pregou na cidade de Samaria e também ao eunuco, homem importante da Rainha da Etiópia. É bem possível que o eunuco tenha levado o Evangelho ao país da Etiópia.


Porém, as perseguições não se restringiram somente aos ataques físicos. Satanás é um inimigo muito inteligente e sutil. Deus criou Lúcifer e não o Diabo. Lúcifer (portador da Luz) se transformou no Diabo porque queria ser semelhante ao Criador, Ezequiel 28:15-17. Quando Satanás percebeu que matar os cristãos não estava surtindo efeito, então resolveu mudar de tática. O Diabo resolveu solapar a fé dos crentes introduzindo idéias estranhas ao Evangelho de Cristo. Ainda nos dias dos apóstolos alguns crentes começaram a acreditar que a fé em Cristo não era suficiente para a salvação da alma. As obras foram acrescentadas à fé para alcançar a graça de Deus. No Livro de Atos podemos confirmar este fato: “ENTÃO alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos” (Atos 15:1). Alguns falsos pregadores entraram sorrateiramente nas igrejas da Galácia e ensinaram que era necessário guardar os preceitos da lei, transtornando assim o verdadeiro Evangelho de Cristo, Gálatas 1:7. Paulo admoestou aos irmãos gálatas que qualquer outro evangelho diferente que ele tinha anunciado deveria ser considerado anátema (maldito), Gálatas 1:8. Paulo não cedeu nenhum momento aos falsos ensinadores, e procurou reconduzir os irmãos gálatas à fé verdadeira, Gálatas 2:5; 3:10-11.

Depois que os apóstolos morreram as igrejas continuaram sendo atacadas doutrinariamente. João, o último dos apóstolos a morrer, foi escolhido por Cristo para escrever às sete igrejas da Ásia. Capítulos dois e três de Apocalipse mostram claramente os problemas que cada uma das sete igrejas tinham. As igrejas foram contagiadas pelo vírus maligno do inimigo.

Um outro erro que penetrou nas igrejas foi a de alguns homens que se diziam cristãos, assenhorearem da herança de Deus. O apóstolo Pedro já havia advertido a respeito disso: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (I Pedro 5:1-2). Diótrefes, ainda no tempo do apóstolo João, queria dominar a qualquer custo uma igreja local. “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe" (III João 9).

Depois dos erros citados acima seguiu-se outro que tem sido uma das marcas da Igreja Católica Romana e de outras que dela saíram. “A Regeneração Batismal”. A idéia de que o batismo poderia ajudar na salvação da alma começou ainda no final no 2º século. Neste século muitas igrejas já haviam desviadas dos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos. Muitas igrejas questionavam que se a Bíblia fala tanto do batismo, então ele tem um valor que pode ajudar na remissão da alma.

No início do ano 313 A.D., o cristianismo tinha alcançado uma poderosa vitória sobre o paganismo. Um novo imperador veio ocupar o trono do Império Romano. Ele evidentemente reconheceu algo do misterioso poder dessa religião que continuava a crescer, não obstante a intensidade da perseguição. A História diz que este Imperador que não era outro senão Constantino, teve uma maravilhosa e real visão. Divisou no céu uma CRUZ de brilhante luz vermelha na qual estavam escritas a fogo as seguintes palavras: "Com este sinal vencerás". Constantino interpretou isto como uma ordem para que se tornasse cristão. Entendeu ainda que abandonando o paganismo e uniu do o poder temporal do Império Romano ao poder espiritual do Cristianismo o mundo seria facilmente conquistado. Deste modo, a religião cristã se tornaria uma religião universal e o Império Romano o Império de todo o mundo. Assim sob a liderança do Constantino veio um descanso, um galanteio e uma proposta de casamento. O Império Romano por intermédio de seu imperador pediu em casamento o cristianismo. Para tornar efetiva e consumada esta profunda união, um concílio foi convocado. Em 313 A. D. foi feita uma convocação para que fossem enviados, juntamente, representantes de todas as igrejas cristãs. Muitas, mas nem todas, vieram. A aliança estava consumada. Uma hierarquia foi formada. Na organização desta hierarquia Cristo foi destronado como cabeça da igreja e Constantino foi entronizado (ainda que temporariamente, já se vê) como cabeça da igreja.

A hierarquia estava definitivamente começando a desenvolver-se no que conhecemos hoje como Igreja Católica ou Universal. Pode-se dizer que isso tinha começado, se bem que, indefinidamente, já no fim do 2o século ou no início do 3o quando as novas idéias com referência aos bispos e ao governo da Igreja começaram a se formar. Deve ser também claramente lembrado que, quando Constantino fez a convocação para o citado Concílio houve muitos cristãos (batistas) que deixaram de responder à mesma. Eles não aprovavam o casamento da religião com o estado, nem a centralizarão do governo religioso, nem a criação de um tribunal religioso mais elevado, de qualquer espécie que não fosse a Igreja local. Estes cristãos (batistas) bem como suas igrejas deste tempo ou mais tarde não aceitaram a hierarquia denominacional católica.

Quando esta hierarquia foi criada, Constantino, que tinha sido feito o seu cabeça, não era ainda cristão. Ele tinha decidido tornar-se, mas como as igrejas que o acompanharam na fundação desta organização hierárquica, tinham adotado o erro da regenerarão batismal, uma série questão se levantou na mente de Constantino: "Se eu sou salvo dos meus pecados pelo batismo, como escapar os meus pecados posteriores ao batismo?" Constantino levantou assim. Uma questão que iria perturbar o mundo em todas as gerações seguintes. Pode o batismo lavar de antemão os pecados não cometidos? (ou sãs) os pecados cometidos antes do batismo lavados por um processo (isto é, pelo batismo) e os cometidos depois do batismo, por um outro processo?

Não tendo sido possível resolver satisfatoriamente a muitas questões assim levantadas, Constantino resolveu finalmente unir-se aos cristãos, mas adiando o seu batismo para mais perto de sua morte, porque assim todos os seus pecados poderiam ser lavados de uma só vez. Este propósito ele seguiu e não havia sido ainda batizado até pouco antes de sua morte. <>Abandonando a religião pagã e aderindo ao Cristianismo, Constantino incorreu em séria reprovação por parte do Senado Romano. Eles repudiaram ou, ao menos, opuseram-se à sua resolução. Esta oposição resultou finalmente na mudança da sede do Império de Roma para Bizânico, uma velha cidade reedificada, que logo depois teve o nome mudado para Constantinopla, em honra a Constantino. Como resultado surgiram duas capitais para o Império Romano: Roma e Constantinopla. Essas duas cidades, rivais por vários séculos, por fim se tomaram o centro da Igreja Católica dividida: Romana e Grega.

Constantino fez cessar a perseguição aos cristãos em todo o império e gradualmente foi cumulando-os de favores. O imperador logo percebeu a clara divisão entre os cristãos. Percebera a importância de ser apoiado pela hierarquia de uma religião poderosa. Mas precisava que essa hierarquia fosse unânime em sua fidelidade ao Estado. Assim, embora pagão, presidiu concílios da Igreja e obrigou-a a unificar-se. Devido a essa atitude foi prontamente contrariado pelos anabatistas. Indignado, e aliando-se aos cristãos errados, baniu e perseguiu os fiéis que não concordaram com sua unificação das igrejas. Começaram as terríveis perseguições das seitas cristãs oficiais - protegidas pelo imperador - contra as não oficiais, os anabatistas, que se mantiveram independentes do governo. Pela primeira vez na história, a partir do ano 313, encontramos a página mais triste da história das igrejas. Encontramos cristãos errados perseguindo os cristãos fiéis. Esta perseguição, além de visar o extermínio dos anabatistas, também foi a mais longa. Durou mais de mil e trezentos anos, vindo a terminar após a Reforma no século XVII.

Depois que Constantino se tornou o cabeça das igrejas desviadas da verdade, as mudanças doutrinárias nestas igrejas, foram se avolumando a cada ano que passava. A idéia de que o batismo poderia ajudar na regeneração da alma tinha larga aceitação por parte dos desviados que aceitaram o casamento com o poder temporal. A igreja que aceitou Constantino como seu cabeça, acreditando que o batismo era um agente ou meio de salvação, achava que quanto mais cedo fosse administrado o batismo, mais garantia poderia ter da salvação. Foi então que surgiu o “batismo infantil”. Por que esperar a idade adulta ou mesmo a velhice para ser batizado? “Ninguém sabe o que pode acontecer amanhã”, pensavam os simpatizantes da “nova igreja”. Antes disto "crentes" e "crentes" somente, eram considerados em condições de submeterem-se ao batismo. "Aspersão" e "derramamento" eram formas até então desconhecidas. Vieram muito mais tarde. Por vários séculos os infantes eram, como os demais, imersos. A Igreja Ortodoxa Grega (que é um grande ramo da Igreja Católica) até hoje não mudou a forma original de batismo. Ela pratica o batismo infantil, mas nunca procedeu de outro modo que não o da imersão das crianças. (Nota. alguns historiadores da igreja põem o inicio do batismo infantil neste século, mas eu citarei um pequeno parágrafo das "Robinson's Ecclesiastical Researches" (Pesquisas Eclesiásticas de Robinson):

"Durante os primeiros três séculos as congregações espalhadas no oriente funcionaram em corpos independentes e separados, sem subvenção por parte do governo, e, conseqüentemente, sem qualquer poder secular da Igreja sobre o Estado ou vice-versa. Em todo esse tempo as igrejas batizavam e, segundo o testemunho os Pais dos primeiros 4 séculos, até Jerônimo (370, A. D.), na Grécia, Síria e África, é mencionado um grande número de batismos de adultos, sem a apresentação de ao menos um batismo de criança, até o ano 370 A. D." (Compêndio de História Batista por Shackelford, p. 43; Vedder p. 50; Chrishan p. 31; Orchard p. 50, etc.).

A hierarquia organizada sob a liderança de Constantino, rapidamente se concretizou naquilo que agora conhecemos como Igreja Católica. E a novel igreja se associou ao governo temporal, não mais para ser simplesmente a entidade executiva das leis completas do Novo Testamento, mas começou a ser legislativa, começando a emendar e anular leis primitivas, bem como a criar regras completamente estranhas à letra e ao espírito do Novo Testamento.

Uma das primeira ações legislativas da Igreja, e uma das mais subversivas quanto aos resultados foi o estabelecimento, por lei, do batismo infantil. Em virtude desta lei o batismo infantil tornou-se compulsório. Isto ocorreu em cerca de 416 A. D. Ele já existia, em casos esparsos, provavelmente, um século antes desde decreto. Mas, com a efetivação por lei desta prática dois princípios do Novo Testamento foram naturalmente abordados: - o do "batismo dos crentes" e o da "obediência voluntária ao batismo".

Como conseqüência inevitável desta nova doutrina e lei, ,as igrejas desviadas foram rapidamente se enchendo de membros inconversos. E de fato não se passaram muitos anos até que a maioria, provavelmente, de seus membros fosse composta de pessoas não regeneradas. Assim os grandes interesses espirituais do Reino de Deus caíram nas mãos de um incrédulo poder temporal. Que se poderia esperar então?

Em 426 A.D., justamente 10 anos depois do estabelecimento legal do batismo infantil, foi iniciado o tremendo período que conhecemos como "Idade das Trevos" (Idade Média, not. Do trad.). Que período! Quão tremendo e sanguinolento o foi! A partir de então, por mais uma dezena de séculos o rasto do cristianismo do Novo Testamento foi grandemente regado pelo sangue dos cristãos. Milhões de crentes perderam suas vidas, pagando o preço da fidelidade ao Senhor Jesus Cristo. Preferiram morrer do que negar o nome do Senhor que os resgatou pela cruz do Calvário. Nossos antepassados sofreram as mais variadas e terríveis perseguições por parte dos que se uniram ao poder temporal. Creio que nem Constantino tinha a idéia do resultado da união do seu império com os chamados cristãos.

Foi ainda no alvorecer da "Idade das Trevas" que o Papismo tomou corpo definitivo. Seu inicio data de Leão II de 440 a 461 A.D. Este título, semelhantemente ao nome dado à Igreja Católica, tinha possibilidade de um amplo desenvolvimento. O nome aparece aplicado primeiramente, para designar o bispo de Roma, 296-404 A.D. mas foi formalmente adotado pela primeira vez por Cirilo, bispo de Roma 384-398. Mais tarde foi adotado oficialmente por Leão II, 440-461. Sua universalidade foi reclamada em 707.

Alguns séculos mais tarde foi declarado por Gregório VII, ser o titulo exclusivo do Papado. Por falta de espaço, infelizmente, não poderemos descrever neste pequeno estudo todas as mudanças que houve no decorrer dos séculos no seio da Igreja Católica. Mas vamos dar uma súmula dos mais significativos eventos ocorridos nos primeiros cinco séculos:
1) A mudança gradual do governo democrático da Igreja para o governo eclesiástico.

2) A mudança da salvação pela graça para a salvação pelo batismo.

3) A mudança do batismo de crentes para batismo infantil.

4) A hierarquia organizada. Casamento da Igreja com Estado.

5) A sede do Império mudada para Constantinopla.

6) O Batismo Infantil estabelecido por lei e tornado compulsório .

7) Os cristãos nominais começam a perseguir os cristãos.

8) A "Idade de Trevas" começa em 426 a.D.

9) A espada e a tocha, de referência ao Evangelho, que se tornou o poder de Deus para a salvação.

10) Todo o vestígio de liberdade religiosa é desfeito, coberto e enterrado por muitos séculos.

11) As igrejas fiéis ao Novo Testamento são perseguidas e tratadas por nomes diversos. São ainda açuladas para o mais longe possível do poder temporal católico. O remanescente destas igrejas se espalhou por todo o mundo e é achado, talvez escondido, em florestas, montanhas, vales, antros e cavernas da terra.


BIBLIOGRAFIA:

O BATISMO ESTRANHO E OS BATISTAS, por W.MNEVINS.

RASTO DE SANGUE, por J.M.CARROLL.

A ORIGEM, por GILBERTO STEFANO

A HISTÓRIA DOS BATISTAS, por JERRY DONALD ROSS.